Desistir
Talvez há uns tempos diria que é necessário saber
quando desistir, dir-vos-ia que, realmente, é muito importante reconhecer uma
causa perdida, mas hoje, percebo que mais importante do que reconhecê-la é verificar
se a causa é, realmente, perdida e que não podemos dar mais do que tudo o que
demos até agora.
Aprendi esta semana, que quando nos dói muito, somos
persuadidos a desistir, normalmente é o caminho mais fácil a seguir, mas, talvez
seja importante, torcermo-nos e contorcermo-nos mais um pouco e dar mais um pouco
de nós.
Somos sempre capazes de dar mais, o nosso corpo
aguenta, sempre, mais uns passinhos de corrida, mais uns minutos de caminhada,
e, a nossa mente também aguenta, desde que haja boa vontade e persistência.
Em suma, acho que é preferível, atingir todos os
níveis de saturação e de persistência, do que anos mais tarde, ou até mesmo no
dia seguinte, pensar: “será que não devia … ?”
A dúvida, para mim, é muito mais pesarosa do que o
arrependimento de ter feito, por isso, normalmente opto por ir até ao fim, mas,
tal como todos nós, já desisti de muitas coisas. E, é por ter desistido dessas
mesmas, que agora tento lutar sempre até à última oportunidade, mas dói muito,
muitas vezes o caminho é bem longo e cheio de obstáculos, mas já como diria o
nosso querido Fernando Pessoa: “tudo vale a pena quando a alma não é pequena.” E,
é com esta filosofia que tento viver a minha vida, com altos e baixos, com
arrependimentos ou não, mas acho que se tivesse que pesar numa balança os maus
investimentos e os bons, diria que os bons são muito mais, até porque com maus
podemos tirar, sempre, boas lições de vida.
<3, F.
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